terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Da Insanidade Temporária

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Dia 6 de janeiro de 2009, tarde chuvosa e fria. 

 

Quando acordamos de manhã e vemos a janela embaçada, o céu iluminado e o poster da parede sorrindo para nós começamos a perceber que algo está errado. Não que isso tudo tenha alguma ligação direta com nosso estado mental, mas aparentemente aquilo tudo começa a fazer sentido naquele instante. 

Beirando a sonolencia com um misto de loucura, vemos que as coisas a nossa volta de nada servem e mergulhamos em uma piscina de duvidas e incertezas que nos faz pensar que estamos temporariamente loucos. 

O ser humano não é capaz de lidar com a solidão sem perder a lucidez. Isso é fato. E é neste exato momento que os devaneios começam a se tornar reais e o frio que entra pela fresta da janela começa a fazer você pensar que nada é tudo e tudo é nada. 

Então você sai de casa, entra em uma pequena capela, senta em um velho e empoeirado piano de cauda recém afinado e o som sai estridentemente infernal. A espuma de barba que usa todas as sextas-feiras para se barbear está com cheiro de chocolate meio amargo e sua mãe parece não falar coisa com coisa. 

Vagarosamente vou então andando, sorrindo e debochando do real. Me acostumando com a realidade distorcida de minha mente e tentando ver tudo pelo lado inverso.    

 

E o frio da janela continua a entrar... talvez os sintomas sejam fruto de um contato com o real e tudo aquilo que julguei ser meu, era simplesmente utópico.

 

Current Music: All Apologies (Nirvana)

Um comentário:

Anônimo disse...

Quando você aprendeu a escrever assim? Garooooto, muito bom mesmo! E olha que eu sou chata, USHAIUSHAISUAH. Tá de parabéns, PITCHULA! :B